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Produção de caminhões reduz queda no setor de veículos

A produção de caminhões reagiu no mês de setembro, evitando uma queda maior na fabricação de veículos automotores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade mostrou recuo de 0,7% em relação a agosto, puxado pelas perdas nos automóveis. "O setor de veículos automotores vinha de três meses de expansão na produção, quando acumulou um ganho de 9,2%. Então, a queda agora devolve uma pequena parte dessa expansão", apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Macedo explica que o consumidor antecipou as compras de automóveis nos três meses anteriores, diante da previsão de término da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 31 de agosto. O movimento sustentou as altas consecutivas na produção de veículos, enquanto o segmento de caminhões não andava bem. Em setembro, os papéis se inverteram. "Os caminhões, que vinham pressionando negativamente, contribuíram positivamente na passagem de agosto para setembro. O que caiu foi a produção de automóveis", contou Macedo.
No entanto, apesar da melhora na margem, a produção de caminhões ainda registra resultados negativos em relação ao mesmo período de 2011. Enquanto os automóveis registram expansão de 8,5% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, a produção de bens de capital para transporte, que inclui caminhões e ônibus, verifica uma queda de 11,0%. "Há melhora na margem para a produção de caminhões, mas em comparação com o ano passado ainda há perda importante", confirmou o gerente do IBGE.
FONTE: A Tarde 

Caminhões levam conceitos sobre consumo de energia

A educação é o melhor caminho para mudar comportamentos. Cientes disso, empresas do setor elétrico, entre elas distribuidoras e fabricantes de equipamentos, estão investindo em unidades móveis para a realização de palestras e demonstrações. No geral são caminhões de grande porte que circulam pelas cidades brasileiras com o objetivo de levar conhecimento relacionado ao consumo eficiente de energia. 
Um dos projetos é o da Siemens, multinacional de origem alemã que atua em diversas áreas, entre elas a energética. Dentro da carreta, que já percorreu mais de 14 mil quilômetros e atendeu cerca de 5 mil pessoas, são demonstradas tecnologias que visam reduzir o consumo de empresas de setores como automotivo, alimentos e bebidas, químico, papel e celulose, metalurgia, mineração e petróleo e gás. Ao entrar no veículo o visitante conhecerá alguns produtos e serviços comercializados pela companhia. 
"Um dos passos mais importantes é o gerenciamento transparente da produção, por meio de relatórios. É muito importante conhecer a operação para identificar meios de reduzir o consumo ou aumentar a disponibilidade da energia", explica Bruno Abreu, especialista em eficiência energética da Siemens.
fonte: caminhoes-e-carretas 

randon implementos e Fras-le na Negócios nos Trilhos 2012

A Randon Implementos e a Fras-le levam o melhor da tecnologia em suas linhas direcionadas ao mercado ferroviário para a feira Negócios nos Trilhos, que será realizada de 6 a 8 de novembro, na Expo Center Norte, Vila Guilherme, em São Paulo.

Em sua 15ª edição, a Negócio nos Trilhos reúne fabricantes de material ferroviário do Brasil e de outros 14 países, operadores de ferrovias, metrôs e trens urbanos, além de técnicos do governo, empresas de logística e clientes de carga, tornando-se palco para novidades desenvolvidas para o setor. Uma área especialmente preparada de mais de 14 mil m² servirá para que os fabricantes façam a exposição de produtos e apresentem modernas soluções tecnológicas para a otimização e operação para o modal de transporte sobre trilhos. Em paralelo ao evento, acontece o Seminário Negócio nos Trilhos, onde dirigentes das empresas operadoras de carga e passageiros apresentarão seus planos de negócio para o setor metroferroviário.

A Randon Implementos aproveita a feira para receber seus clientes, parceiros, fornecedores e receber entidades e outros públicos, além de acompanhar as novas tecnologias empregadas no setor. A participação da empresa no mercado ferroviário já ultrapassa 30% da produção de vagões de carga do Brasil. A experiência e evolução no setor de transporte de carga rodoviário e a liderança nacional neste segmento marcam os oito anos de atuação da empresa no setor ferroviário. Os vagões são projetados e desenvolvidos com os mais modernos recursos tecnológicos, oferecendo qualidade e segurança. A flexibilidade das linhas de produção viabiliza a fabricação de produtos que atendam as expectativas do mercado. A Randon investe constantemente em tecnologia e ampliação da capacidade de produção, tendo já superado a marca de 4.000 vagões fabricados.

A Fras-le já produz em escala industrial o material NAF/049, desenvolvido com base nas exigências técnicas da Norma americana AAR M-926, a qual estipula parâmetros de eficiência de frenagem para a aplicação em trens de carga. As sapatas ferroviárias foram desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, dentro de normas que as tornam referência de mercado para a segurança em frenagem de trens.

O segmento deverá crescer muito nos próximos anos com base nas medidas de ampliação e melhoria da infraestrutura logística, também com a concessão de linhas, anunciadas em agosto pelo Governo Federal, o que tem gerado grande expectativa de negócios junto aos fabricantes de equipamentos, empresários e investidores. 

Na edição 2011, 180 expositores estiveram presentes e cerca de 7.000 visitantes prestigiaram a feira. O evento é aberto a profissionais das empresas operadoras, fabricantes de material ferroviário, empresas de logística e do governo, além de aprendizes de escolas técnicas, engenheiros e universidades. Mais informações sobre a feira Negócios nos Trilhos podem ser obtidas no site www.ntexpo.com.br.
fonte:randon



Blitz flagra caminhoneiros dirigindo sem descanso exigido por lei




Caminhoneiros de todo o país foram flagrados dirigindo por muitas horas sem descansar. Estavam na estrada há mais tempo do que o permitido por lei.
Quando foi parado na blitz, um caminhoneiro de São Luís, no Maranhão, dirigia há 17 horas seguidas. Por lei, a jornada desses motoristas deve ser de oito horas, com descanso de 30 minutos a cada quatro horas. Também deve haver um intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra, realidade bem diferente no dia a dia.
Não foi difícil encontrar problemas. Pelo levantamento preliminar, em quatro horas, foram parados mais de mil caminhoneiros em todo país, sendo que 90% deles estavam irregulares. Alguns se mostraram surpresos, como em Cascavel, no Paraná, que trabalhava sem o tacógrafo, equipamento que possibilita o cálculo da jornada de trabalho. Segundo Ademir Nazário, a culpa é da empresa. “Eles falaram pra mim que nada está vigorado. Há uma tolerância de 6 meses”, diz.
A lei com as novas regras já está em vigor, mas uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito determina que os motoristas só sejam multados a partir de março do ano que vem, prazo para que o governo apresente uma lista de rodovias que tenham paradas de descanso adequadas.
Apesar disso, o Ministério Público diz que vai pedir a abertura de ações na Justiça contra as transportadoras que tiveram caminhões flagrados em situação irregular. “A lei está em vigor. A lei precisa ser respeitada, a lei precisa ser cumprida, e nós não vamos abrir mão de exercer a nossa atribuição”, afirma Luís Camargo, procurador-geral do Trabalho.
Vídeo:




Ministro dos Transportes anuncia duplicação da BR-381
publicado em: 01/11/2012

O governador Antonio Anastasia recebeu, nesta quarta-feira (31), no Palácio Tiradentes, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para anúncio do lançamento do edital de licitação de obras de duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

Conforme publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, do trecho de 303 quilômetros, a primeira licitação, dividida em seis lotes, irá contemplar a duplicação de cerca de 100 quilômetros de rodovia e construção de túneis.

O prazo para a entrega das propostas se encerra em 17 de dezembro. Passada a etapa de licitação dos seis lotes, a previsão é que as obras sejam iniciadas no primeiro trimestre do ano que vem. Os investimentos previstos nesta primeira etapa são da ordem de R$ 1,1 bilhão, do total de R$ 3,8 bilhões previstos pelo Ministério dos Transportes para a duplicação de todo o trecho.

Reivindicação dos mineiros

Antonio Anastasia lembrou que a duplicação da BR-381 é a prioridade zero de Minas em termos de rodovia federal e um compromisso do governo federal e da própria presidente Dilma Rousseff.

"Essa duplicação da BR-381 é uma obra emblemática. Na realidade, ela é prometida, reivindicada, discutida há décadas, e muitos até nem acreditam que esse momento chegará. E esses incrédulos, felizmente, vão perceber, a partir de fevereiro e março, já com as máquinas na estrada, o início desse projeto de duplicação, que é um processo complexo, muito caro, longo, mas que se iniciará", disse o governador de Minas.

"Estamos trabalhando em um prazo de três anos para que as obras de cada lote sejam contratadas e executadas", afirmou o ministro Paulo Sérgio Passos, ressaltando que a licitação será feita pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), modalidade em que vence a empresa que propõe o menor preço e os prazos para contratação são mais curtos.

O ministro ressaltou que os editais de outros cinco lotes serão lançados até o fim de novembro. Com isso, 90% das licitações serão concluídas nos próximos meses. Os últimos dois lotes da obra, considerados mais complexos por se tratar de variantes sobre o rio Santa Bárbara, com extensão de 40 quilômetros, serão licitados apenas no próximo ano, pois estão na fase de projeto. 

Confira as obras previstas nos seis lotes:

- Duplicação do trecho entre o entroncamento com a MG-320 (para Jaguaraçu) e o Ribeirão Prainha, com extensão de 28,6 quilômetros.

- Duplicação do trecho entre o Ribeirão Prainha e o Acesso Sul de Nova Era, com extensão de 18,8 quilômetros.

- Duplicação do trecho entre o entroncamento de João Monlevade e Rio Una, com extensão de 33 quilômetros.

- Duplicação do trecho entre o entroncamento com a MG-435 (Caeté) e o entroncamento com a MG-020, com extensão de 18 quilômetros.

- Construção de túneis, nos dois sentidos da rodovia, em Rio Piracicaba, com extensão de 825 metros.

- Construção de túneis em Antônio Dias e Prainha, com extensão de 1.280 metros.

Fonte: Agência Minas


Seminovos: baratos, mas… distantes

O que sempre foi difícil está quase impossível: bancos e financeiras não querem saber de financiar caminhões usados. De cada 30 cadastros que recebem das concessionárias, devolvem 25, segundo calculam alguns vendedores. É o medo dos maus pagadores – a inadimplência anda alta, como todos sabem, em todas as áreas do crédito bancário.
Isso faz com que os estoques estejam altos e os preços baixos em muitas revendas. E obriga a apelar para soluções como a da Apta Caminhões, concessionária Volkswagen de São Paulo, que está financiando usados com recursos próprios. “Em setembro, financiamos R$ 1,6 milhão com juros de 1,65% ao mês e 30% de entrada”, diz o gerente Wilson Menezes. A Apta tem 100 seminovos no pátio.
Sabedor da situação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma linha do Finame específica para seminovos, com juros de 8,7% ao ano mais o spread (comissão do banco para operar o financiamento).
Pode parecer um valor alto comparado ao Finame PSI (para veículos novos), que hoje tem taxa de 2,5% ao ano. Mas é pouco diante do CDC ou do leasing, que têm juros de 20% a 30% ao ano.
O Finame para seminovos deve começar a ser oferecido em novembro, segundo informou à Carga Pesada o chefe do Departamento de Financiamento a Máquinas e Equipamentos do BNDES, Paulo Sodré. Vai valer para caminhões com até cinco anos de fabricação e financiar até 80% do bem em 60 parcelas, com seis meses de carência. A intenção é estimular o mercado de usados para tentar melhorar o mercado de novos – muitos vendem o usado para ajudar a pagar o novo.
Não há garantias de que essa linha de crédito estará ao alcance dos compradores de menor poder aquisitivo, que é a quem, em princípio, ela se destina: aqueles proprietários de caminhões mais antigos que desejam (e precisam de) um caminhão de fabricação mais recente. Não só os juros são mais altos, mas também o spread, que é estipulado pelo banco de varejo (e não pelo BNDES), poderá ser mais elevado que no Finame PSI.
No Finame PSI, o spread pode chegar a 3%, mas o cliente só paga 2,5% – a diferença é coberta pelo BNDES. No financiamento dos seminovos, o spread é “a combinar”, ou seja, os bancos podem colocar valores mais altos e o cliente terá que arcar com esse ônus.
Vale lembrar que, diferentemente do PSI, o Procaminhoneiro – linha do BNDES destinada ao caminhoneiro autônomo e à microempresa que fatura até R$ 2,4 milhões ao ano – também financia caminhões usados com taxa de 2,5% ao ano. Mas a dificuldade em obter recursos do Procaminhoneiro nos bancos comerciais é a mesma referida acima.
Mercado dos novos influi nos usados
Para o gerente de Usados da Apta Caminhões, Wilson Menezes, os juros baixos do Finame PSI para veículos novos estão prejudicando o mercado de seminovos.
Ele ressalta que o frotista pode não precisar do dinheiro da venda do usado para pagar parte do novo. Dependendo do relacionamento que ele tem com a concessionária e do valor da carta de crédito do Finame PSI, o financiamento pode cobrir o valor total do novo caminhão. “A empresa vende o usado à vista, muitas vezes para a própria concessionária que forneceu o novo, e esse dinheiro se transforma em capital de giro pelo custo do financiamento, que é de apenas 0,21% ao mês. Já viu melhor negócio que esse?”, questiona. O resultado é a sobra de seminovos no mercado, que normalmente seriam adquiridos pelos caminhoneiros autônomos e pelas pequenas transportadoras.
Menezes é pessimista em relação à nova linha do BNDES. “Quem vai querer pagar 8,5% no usado se pode pagar 2,5% no novo?” E tem o problema dos bancos de varejo, que só vão se interessar se o spread for de, no mínimo, 5%, na opinião dele.
Aprovar um Procaminhoneiro para autônomo é algo raro na Apta. O vendedor José Aparecido Machado diz que só se lembra de ter vendido um único caminhão por essa linha. “A maioria dos autônomos nem declara imposto de renda”, ressalta.
Na Viking Center, unidade de usados do Grupo Suécia, de Aparecida de Goiânia, o gerente Paulo Cezar Pinheiro diz que Procaminhoneiro, ali, só é aprovado porque existe o Banco Volvo apoiando o negócio. Ele afirma que a nova linha do BNDES abre oportunidades, mas acredita que o spread, para que os bancos se interessem pelo negócio, será de pelo menos 5%.
Historicamente, segundo a Carga Pesada apurou, um caminhão sofre uma depreciação de 10% ao ano. Em cinco anos, valerá metade de um novo, dependendo da marca e modelo. Mas hoje os preços caíram pelo menos mais 15%, segundo Pinheiro. “Isso se deve à guerra de preços entre os caminhões novos. Se o preço do novo cai, o do seminovo também”, diz.
Ele acredita que os transportadores brasileiros estão no limite da ampliação das frotas. “Daqui para a frente, será só renovação”, afirma. Por isso, de acordo com ele, será importante que concessionárias e fabricantes tenham departamentos dedicados aos seminovos. A loja tem cerca de 60 caminhões do Programa Viking da Volvo no estoque.
Janilson de Almeida, gerente de Vendas e Serviços da Rota Oeste, concessionária Scania em Cuiabá, diz que o Mato Grosso vive uma situação diferente. “Devido às especificidades do transporte aqui, nossa frota precisa ser mais nova”, diz. No final de setembro, ele tinha apenas três seminovos para vender. “O pessoal prefere vender nos outros Estados, onde há mais mercado, e comprar os novos aqui”, afirma.
A grande expectativa de Almeida é quanto ao comportamento que os bancos terão com a linha de financiamento de seminovos. “Não basta que os juros sejam baixos. É preciso aprovar cadastros”, alega.
Ele diz que é difícil um autônomo conseguir financiar um caminhão, mesmo pelo CDC. “Precisa ter um bom contrato com uma indústria ou transportadora, senão os bancos não aprovam.”
Na JSL, o gerente Paulo Trentin diz que as vendas estão 60% menores que há um ano, devido à não aprovação dos negócios pelos bancos. “Desde então, não se aprova mais financiamento para quem não tem outro caminhão para dar de garantia”, conta.
Segundo ele, os compradores de primeiro veículo representam pouco mais da metade dos clientes da loja. “Os bancos dizem que 70% da inadimplência é de gente que comprou o primeiro veículo.”
Sem crédito, garagens padecem
Na JSL, financiamento só por CDC. Trentin não se empolga quando a reportagem informa sobre a nova linha do BNDES. “O banco libera um CDC em dois dias, mas um Procaminhoneiro leva pelo menos um mês. Não posso esperar”, alega.
Sobre preços, o vendedor diz que, apesar da queda nas vendas, eles permanecem estáveis. Deu um exemplo: “Um Constellation ano 2011, que na tabela Fipe está a R$ 162 mil, a gente vende a R$ 150 mil”.
Na Mega Caminhões, a análise do mercado é parecida. As vendas despencaram 50% de um ano e meio para cá, segundo o gerente Fábio Teixeira. “Os bancos não aprovam financiamento se o cliente não tiver um caminhão”, afirma. Segundo ele, não fosse isso, as vendas estariam em alta, “porque a procura é grande”.
A Fioricar Caminhões, loja tradicional de Maringá (PR), dispensou mais de metade do seus funcionários desde o ano passado. Eram 18, agora são oito, segundo o proprietário Nei Batalini. “As vendas caíram 70% por causa da dificuldade para obter crédito”, afirma. Ele apresenta a mesma conta da concessionária Apta: de cada 30 cadastros enviados aos bancos, só cinco são aprovados.
Sobre a linha do BNDES para financiar seminovos, ele diz que prefere esperar para ver se vai sair mesmo. “Faz tempo que o governo fala nisso, mas não cumpre.”
Fenabrave diz que o mercado está bom
Apesar das informações dos vendedores ouvidos pela Carga Pesada, para a Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave), o mercado de usados está estável. De janeiro a agosto, haviam sido vendidos no País 223.286 caminhões seminovos, pouco mais que os 220.812 do mesmo período do ano passado.
Já a venda de novos caiu 20,2%: 114.768 de janeiro a agosto de 2011, e só 91.626 no mesmo período de 2012.
O presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., diz que os seminovos foram uma boa alternativa no começo do ano para quem se assustou com os preços dos Euro 5 e para quem ficou inseguro quanto à disponibilidade de diesel S50 nas estradas.
E vão continuar sendo um bom negócio, segundo ele, principalmente para o caminhoneiro autônomo. “Com o fim da carta-frete e o pagamento eletrônico, o profissional passa a ter condições de comprovar renda e de obter o financiamento”, afirma.
“Bancos querem conhecer o cliente”, diz Norival
Um gerente de concessionária que prefere não ter seu nome revelado disse à Carga Pesada que os bancos de varejo não querem vender caminhões usados porque, além da inadimplência, há muitos questionamentos judiciais. “O motorista pega um CDC, paga a primeira prestação e entra com uma ação dizendo que os juros são abusivos e passa a depositar em juízo”, afirma.
Ninguém, em nenhum banco procurado pela Carga Pesada, quis falar sobre essa questão.
O presidente do Sindicam-SP, Norival de Almeida Silva, afirma ter conversado com representantes da federação dos bancos, a Febraban, a respeito dos obstáculos colocados diante dos autônomos para aprovar financiamentos. “Eles dizem que é preciso ter relacionamento com o banco. Querem conhecer o cliente, saber quanto ele fatura. Sem isso, não adianta levar uma carta da presidente Dilma para avalizar o negócio.”
O dirigente acredita que, com as mudanças que estão ocorrendo no setor desde a Lei 11.442, e principalmente com o fim da carta-frete, as dificuldades do caminhoneiro serão menores. “O setor está cada vez mais regulamentado. Para cada tipo de transporte serão exigidos modelos específicos de caminhões. O financiamento para os autônomos tende a ser facilitado.”
Usados são “sacrificados” na troca por novos
Em recente renovação da frota, a transportadora mato-grossense Martelli Transportes trocou dois por um, informa o diretor Genir Martelli. “Entregamos 100 caminhões seminovos (ano 2005) para a Volvo e pegamos 50 novos.” Ele comprou 25 do modelo FH 540 e 25 do 460 pelo PSI Finame, ainda quando os juros eram de 5,5% (antes de agosto).
O diretor diz que está tentando fazer uma negociação melhor com Iveco e Mercedes, na base de 1,5 por um, mas está difícil. “Também não estão querendo. Estamos sacrificando os usados”, destaca. Segundo Martelli, num passado recente, o caminhão de cinco anos valia metade do novo, mas agora só vale 30%.
De acordo com ele, o Brasil caminha rápido para uma realidade parecida com a dos países mais ricos, onde os veículos com 10 anos já são “descartáveis”.
O Grupo G10, de Maringá, vendia em torno de 100 caminhões por ano, mas, em 2012, segundo seu presidente, Cláudio Adamuccio, só vai se desfazer de 12. “O crédito para os usados já vem muito restrito desde 2008. A torneira continua fechada. E com o desaquecimento da economia, tudo piorou”, afirma.
Ele acredita que, a partir do ano que vem, será mais fácil vender os veículos. “O pessoal vai perceber que comprar um seminovo Euro 3 pode ser mais vantajoso que um zero Euro 5. O seminovo será bem mais barato e dispensa o Arla”, ressalta.
Já o diretor presidente da Cargolift, Markenson Marques, diz que não tem enfrentado problemas para vender seus seminovos porque mantém uma estratégia diferente. A empresa, com sede em Curitiba, monta um lote por semestre, com idade de fabricação entre quatro e cinco anos, e oferece 80% dos veículos aos subcontratados. “Nós os tratamos como preferenciais. Além disso, nossos caminhões têm uma imagem de serem muito bem cuidados e isso ajuda muito na venda”, ressalta.
Quanto ao crédito, segundo Marques, como os subcontratados recebem mediante a apresentação de nota fiscal, eles têm condições de comprovar renda nos bancos e obter o financiamento.
A ótica das montadoras
O responsável pela área comercial do Scania Banco, Roberto Martins, diz que o volume de financiamento de seminovos está abaixo do esperado. “Mas há procura e os modelos estão sendo financiados normalmente, inclusive pelo Procaminhoneiro”, informa.
A Scania mantém um programa de caminhões seminovos há 10 anos. É o Super Zerado, que já vendeu mais de 3.500 veículos.
O gerente do programa, Silvio Sant’Anna, conta que a média de idade dos veículos é de sete anos. Os compradores, segundo Sant’Anna, costumam ser os pequenos e os microempresários que têm até 10 caminhões. Ele admite que o autônomo que procurar comprar o primeiro veículo terá dificuldade para obter crédito.
Já o diretor de Vendas, Marketing e Pós-venda da MAN Latin America, Ricardo Alouche, diz que é comum ouvir de empresários que gostariam de renovar a frota, mas desistem porque não conseguem bons preços pelos usados. “Temos que abrir o cadeado da venda de usados, para melhorar também a venda de novos. Sabemos que, quando o negócio de usados está saturado, o impacto na venda dos novos é da ordem de 20% a 30%”, afirma.
O contrário também é verdadeiro, diz Alouche: quando o mercado de seminovos está bom, a venda de novos pode subir na mesma proporção.
O diretor de Vendas de Veículos da Scania, Eronildo de Barros Santos, ressalta que o mercado de caminhões usados no Brasil é muito diferente do europeu. Aqui, o seminovo vale muito mais. “Um caminhão com cinco anos de uso custa quase a metade de um caminhão novo no Brasil, mas na Europa não passa de 25%”, ressalta. Mas essa é uma realidade que estaria mudando gradativamente, segundo ele.
Santos defende o sucateamento dos caminhões de 15 anos ou mais por meio de um programa de renovação de frota como o mexicano. “O proprietário leva seu veículo com 10 anos ou mais para um centro de reciclagem e recebe um certificado. Leva o documento ao banco e obtém financiamento para comprar um novo. E ainda ganha um subsídio no valor do caminhão que foi sucateado.”
Natale Rigano, vice-presidente de Vendas e Marketing da Iveco, defende uma política de valorização dos seminovos, projeto que a montadora irá promover junto à sua rede concessionária.
Rigano lembra que a Iveco retomou suas atividades no Brasil em 1998 e começou a produzir a linha pesada em meados de 2000. “Então, ainda estamos na primeira geração desses veículos e temos de ajustar com a nossa rede a forma de dar uma segunda vida a esses caminhões”, afirma. Segundo ele, a rede já conta com especialistas que tratam o seminovo para revenda, concedendo a garantia necessária.
fonte: blog do caminhoneiro

Vinicius de Moraes é o Melhor Motorista de Caminhão do Brasil 2012

Vinicius de Moraes é o Melhor Motorista de Caminhão do Brasil 2012. O caminhoneiro de Sertão (RS) venceu o duelo contra 23 concorrentes neste fim de semana, em São Paulo. O segundo lugar foi do paranaense Fabiano da Silva, enquanto o carioca Jorge de Araújo ficou em terceiro. A quarta edição da competição promovida pela Scania, que chegou ao Brasil em 2005, bateu o recorde de inscritos com 47 mil participantes, alta de quase 70% em relação à última edição, em 2010. O próximo MMCB será em 2014.  
A competição tem por objetivo avaliar as habilidades dos condutores, contribuir com a segurança nas estradas, valorizar o profissional e promover uma condução que alie eficiência a redução de emissão de poluentes. “O recorde de inscritos e a participação intensa das grandes transportadoras, que incentivaram seus motoristas a se inscrever, mostra que a ação atingiu um novo patamar em 2012”, afirma Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania. “Procuramos formar mais 47 mil embaixadores da segurança nas estradas.”   
“Desde 2010 sonhava com o momento em que estaria na final do MMCB e venceria o torneio”, diz Vinicius de Moraes, que trabalha como agregado na Expresso Hércules, de Getúlio Vargas (RS), no transporte de autopeças e alimentos industrializados por rotas entre São Paulo e países do Mercosul. “Essa é a única ação que valoriza a classe dos motoristas de caminhão. Parabéns à Scania pela organização e principalmente pela iniciativa.”
“Estou muito feliz em ser o primeiro numa competição que reuniu os melhores do Brasil”, ressaltou o campeão. “Acredito que a minha experiência e calma no momento decisivo fizeram a diferença. São 14 anos dirigindo caminhão e essa vivência me ajudou a ultrapassar situações complicadas que vivi durante as provas.”
fonte:
http://www.caminhoes-e-carretas.com/


Marcopolo inaugura novo centro de treinamento em Caxias do Sul

31 de outubro de 2012 - quarta-feira | 16:10
A Marcopolo inaugurou este mês, seu novo centro de treinamento. O novo centro tem como principal objetivo proporcionar condições ideais para a formação profissional e qualificação dos colaboradores da empresa.
O novo espaço recebeu investimentos na ordem de R$ 2 milhões. Com 3,3 mil metros quadrados de área construída, possui células específicas para cada área e etapa do processo de produção Marcopolo, como elétrica, mecânica, ar-condicionado, soldagem, operação de máquinas, plásticos e pintura. Além da área administrativa, o CTM dispõe de oito salas de aula para formação técnica, inclusive de idiomas (inglês e espanhol) e auditório com capacidade para 200 pessoas.



Centro de Treinamento Marcopolo

Segundo Osmar Piola, gerente de Recursos Humanos da Marcopolo, um dos principais pontos a serem destacados é a ampliação da capacidade instalada para treinamento dos colaboradores, que era limitada pelo espaço físico no local anterior. “Como o novo centro é quatro vezes maior, aumentamos de oito para 40 pontos de solda, de seis para 45 painéis simuladores eletroeletrônicos e de 20 para 40 bancadas de mecânica”, destaca Piola. O centro também conta com telhas translúcidas para melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o uso da luz artificial.
De acordo com Piola, mais do que a ampliação da área e novos equipamentos para treinamento, o investimento realizado permitirá ganhos ainda maiores em qualidade, pois os profissionais serão treinados em condições muito semelhantes às encontradas nas linhas de produção da Marcopolo. “Com o novo centro, as pessoas que estão sendo treinadas em solda vão finalizar a formação utilizando gabaritos iguais aos da fábrica. Além disso, também aprenderão a programar e operar um robô soldador, idêntico ao da linha. Antes, não tínhamos o robô e as soldas eram feitas em peças de sucata. Também teremos treinamentos em chassis das principais marcas utilizadas por nossos clientes no país”, explica o gerente.
“A produção de ônibus utiliza mão de obra intensiva e precisa de elevado padrão de qualidade. Com a aplicação maior de tecnologia nos produtos e também nos processos de trabalho, as constantes formação e atualização profissional são essenciais para manter a competitividade da empresa”, destaca Osmar Piola, gerente de Recursos Humanos da Marcopolo.
(EH)

Autscoescolas terão simulador de direção a partir de 2013

 Ministério das Cidades determinou nesta semana que a partir de 2013, todos os Centros de Formação de Condutores (CFCs), conhecidos como autoescolas, deverão contar com o uso de um simulador de direção veicular. O equipamento foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina.

O simulador será usado por cinco aulas após o aluno ter feito o curso teórico, antes de iniciar a prática nas ruas. “Achamos que ainda é um pouco prematuro fazer uma avaliação se efetivamente o simulador pode aprimorar o processo de formação de condutores. Nos parece, a princípio, que sim, que pode aprimorar”, disse o presidente da Federação Nacional das Autoescolas e Centro de Formação de Condutores (Feneauto), Magnelson Carlos de Souza.
O ministro das Cidades, Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro, defendeu a implementação do simulador. Segundo ele, a preocupação maior do governo é com a segurança no trânsito e dos alunos. “É uma adequação, assim como em diversas áreas, em diversos transportes já existem adoção do simulador, antes que se faça a prática no próprio veículo. A partir daí, você garante ao condutor, ou ao futuro condutor, que ele tenha segurança antes de ir para as ruas”, disse.
De acordo com Magnelson Souza, a obrigatoriedade do uso de simulador poderá fazer com que o preço do curso de habilitação aumente. Já segundo o ministro, a questão do custo ainda está sendo discutida e não deverá afetar significativamente o preço dos cursos oferecidos aos futuros condutores. “A própria autoescola tem condição de adquirir um carro popular como instrumento de formação e o [custo do] simulador significa um veículo popular, portanto, não alterará ou não justificará um aumento expressivo ou não justificará um aumento na prestação dos alunos por conta do simulador”, disse Ribeiro. O ministro ressaltou que a grande demanda das autoescolas pelo novo equipamento induzirá a uma diminuição no preço do simulador.
Para a coordenadora-geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Maria Cristina Hoffmann, a implementação do simulador faz parte de uma série de ações do governo para alcançar a meta estipulada, em uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir em 50% mortos e feridos em acidente de trânsito.

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